quarta-feira, 27 de junho de 2012

Al Pacino e Marlon Brando inspiram Rodrigo Andrade a viver machão em 'Gabriela'

Rodrigo Andrade (Foto: Gabriela / TV Globo)


De homossexual que saiu do armário a garanhão inveterado. O desafio de interpretar um personagem tão diferente do anterior - mas tão forte quanto - seduziu o ator Rodrigo Andrade, que ganhou destaque na pele de Eduardo, em Insensato Coração, e agora vive o mulherengo Berto, em Gabriela.

Para o primeiro papel ele se isolou em uma chácara, sem contato com nenhuma pessoa ou meio de comunicação - o ator explica que tinha o objetivo de encontrar emoções enclausuradas. Agora, para viver o machão da trama das 23h, Rodrigo conta que foi sozinho à Bahia, ficou lá por 15 dias para observar o jeito das pessoas falarem e agirem.

Além disso, se inspirou em três ícones do cinema: "O Berto tem um pouco do coronelismo, da macheza de Al Pacino no primeiro filme da trilogia de 'O Poderoso Chefão', um pouco do jeito rude de Marlon Brando. Um pouco da frieza, do olhar vazio e sem sentimento de John Malkovich em 'Ligações Perigosas'. Fiz um mix desses três personagens e ainda trago o Rodrigo junto", conta o ator, que também estudou a obra de Jorge Amado para ajudar na construção do personagem.

Na trama, Berto passa por cima de qualquer pessoa para conseguir o que quer. A noiva dele, Lindinalva (Giovanna Lancellotti), não fica de fora. Apesar de defender que ninguém deva agir como seu personagem, Rodrigo acredita que na cabeça do mulherengo, ele está agindo certo. "O Berto não se vê como um mau-caráter. No ponto de vista dele, se a noiva dele foi fraca, azar o dela. Ele passa por cima de quem quer que seja para se dar bem, só pensa na posição social", explica.

O machão é obstinado na hora de realizar o próprio desejo, principalmente quando o assunto é ir para a cama. Na vida real, o ator está em um relacionamento sério há quase dois anos. Garante que apesar da namorada ter ciúmes das cenas quentes, o sentimento não chega a ser doentio.

Para Rodrigo, o comportamento masculino não mudou muito de antigamente até os dias de hoje. A principal diferença, na opinião dele, é que naquela época a maioria dos homens gostavam de uma forma diferente. "Eles se fechavam para o mundo. Mas desde aquele tempo, qualquer rodinha de homem fala de mulher. Muitos homens continuam capazes de estar com uma mulher e ir para a cama com outras sem peso na consciência", avalia.

Fonte: Globo

Nenhum comentário:

Postar um comentário